Os dados são alarmantes. Há, no Brasil, aproximadamente, quatro milhões de crianças e jovens fora da escola. E é muito alto o número de analfabetos. Em vista disso, os olhares se voltam para o professor e, em decorrência, acusa-se o de ser mal formado. Mas, por outro lado, é notório o despreparo de muitos dos egressos dos cursos de formação de professores, quando no mercado de trabalho. Despreparo perceptível na atuação diária desses profissionais em salas de aula e em reuniões pedagógicas, para dizer o menos. Se discussões a esse respeito são levadas adiante, decorre delas, recorrentemente, o questionamento sobre a necessidade de perscrutar o que é exigido nos cursos de formação de professores que garanta, a esse profissional, maior eficiência no desempenho de suas funções. Pois bem, o livro discute as propostas de formação de professores, no Brasil, desde a criação de seu primeiro curso de Pedagogia. Para tanto, busca compreender a evolução dos dispositivos legais, a partir das Políticas Públicas de Educação e seu reflexos nos cursos de formação de professores e no desempenho profissional deste profissional. Por fim, aponta para uma concepção possível de formação ideal para o professor e, por assim dizer, para uma real construção identitária deste profissional tão desvalorizado em nossa sociedade.