O livro Território e educação: desconstruindo a invisibilidade dos sujeitos do campo discute as possibilidades de desconstrução do processo simbólico da inferioridade e invisibilidade dos sujeitos do campo, a partir da atuação destes em mecanismos de exercício democrático, que culminam em práticas escolares e não escolares de valorização e afirmação de suas especificidades e particularidades. Discute ainda como o fortalecimento e a organização social no campo têm alcançado níveis de participação capazes de contribuir para o reconhecimento dos sujeitos do campo, mediante a abertura à negociação de interesses heterogêneos e resistência às formas hegemônicas de educação. Com traços marcantes de uma escuta sensível e olhar observador que caracterizam a prática do cientista social, a autora defende uma perspectiva de educação destinada aos sujeitos do campo, pautada na superação da condição de invisibilidade social a que eles estão submetidos, por meio de uma postura de reconhecimento social que se firma no exercício da democracia participativa e na reparação de desigualdades sociais.