A aceleração do processo de globalização-mundialização tem possibilitado a intensificação de certas tensões sob diferentes aspectos: econômico, político e cultural. Sob o foco da cultura, Acreditar, ver, fazer questiona a ação dos multimeios (com destaque para as TVs e TVs a cabo, cinema, redes de computador) em nosso cotidiano. Transmissor de saberes, Régis Debray medita sobre os anjos e as faces, mas também é testemunha engajada, ricocheteando com toda a liberdade entre Debord e Benjamin, Che Guevara, Lévi-Strauss e Malraux, entre a guerra na era das redes e a política da técnica, as metamorfoses da paisagem ou, ainda, o peso do livro sobre nossa fluidez digital. Seu método é: "Perambular pelos campos; provocar encontros entre artes, ofícios e homens que normalmente preferem se ignorar; ir e vir, pois as idéias vêm ao caminhar". Esta obra convida o leitor "a faltar às aulas, a se permitir pequenos espaços para o lazer em forma de escapadas, para melhor se aproximar da verdade".