Segundo livro de Paulo Mielmiczuk, Naufrágio é angustiante. Conta com poemas que revelam a dor do eu lírico, ora amável e esperançoso, ora ácido e desiludido, frente à passagem da adolescência à vida adulta. Destaca-se a presença de desenhos de Suchetana Mukhopadhyay, artista da Índia, que não se colocam na função de espelho dos poemas, mas, sim, de ampliar as possibilidades estéticas e interpretativas da obra. A poesia pictórica de Suchetana exerce um papel significativo, pois se mescla com elementos de desamparo, solidão e de?não-ser, presentes nos poemas textuais de Mielmiczuk.