Neste romance policial,o escritor americano Walter Mosley nos apresenta um novo herói. Sócrates Fortlow, um personagem tão memóravel quanto o já conhecido detetive Easy Rawlins, protagonista de seus outros romances. Sempre em desvantagem foi vencedor do prêmio Anisfield Wolf, que desde 1934 premia títulos que discutem o racismo e a riqueza da diversidade humana. O livro faz parte da Coleção Negra, dedicada a mestres da literatura policial, que conta também com outro título de Mosley, Morte em Vermelho. Sócrates Fortlow é um filósofo das ruas. Mas não de qualquer ruela, e sim das perigosas ruas de Los Angeles. Apenas oito anos depois de deixar a prisão por um assassinato, Sócrates vive em barraco imundo, onde cozinha, bebe e luta com os demônios do passado. O tempo livre ele gasta catando latinhas para reforçar o magro orçamento e não hesita em usar suas próprias mãos para resolver problemas de sua vizinhança. Depois de passar 27 anos na prisão, lutando para controlar seu gênio forte - assim como suas fortes e assassinas mãos - Sócrates tenta viver uma vida honrada, como todo homem negro à margem de um mundo de brancos. Contudo, a miséria o cerca por todos os lados, as oportunidades de um emprego são inexistentes e todos à sua volta vivem uma vida para lá de ordinária. Forte, embrutecido e ao mesmo tempo sábio e cativante, Sócrates, agora livre e cada dia mais revoltado com a realidade de seus semelhantes, está determinado a usar sua força para o bem, ajudando os pobres e oprimidos do gueto negro de Los Angeles. Com isso, expulsa um assassino da cidade, afasta um garoto de um futuro de crimes e luta contra a tentação quando provocado pelo sexo oposto. Seus triunfos são pequenos se comparados aos grandes detetives da literatura noir, mas tudo que faz é puro, parte de sua bem delineada e desesperada essência de um negro que luta por seus direitos [...]