A obra esclarece uma possibilidade de atendimento fenomenológico existencial direcionado a casais. Para isso, questiona a prática do próprio autor, dando a ver seu modo de ser psicólogo junto a casais. Ao introduzir a pergunta norteadora omo pode ser um atendimento fenomenológico existencial com casais a pesquisa revela três pontos fundamentais aos quais se debruça para aprofundar: 1. o horizonte histórico no qual o tema tem sido apresentado e ques­tionado; 2. o modo específico desta possibilidade pela perspectiva fenomenológica existencial; 3. a quem se destina o atendimento: o casal considerando e suspen­dendo concepções previamente determinantes sobre casal, oferecendo uma descrição fundada na possibilidade de realização do existir. A partir do esclarecimento destes três pontos, a obra volta-se para a pergunta norteadora, em um diálogo do autor com sua prática e com outros autores que se dedicam ao tema, para revelar o atendimento fenomenológico existencial com casais. Tal revelação se dá na apresentação da ação do psicólogo fenomenólogo existencial como uma possibilidade de um modo de ser psicólogo que lhe permite ser junto ao casal, acompanhando os modos de construir-se e habitar-se do casal, compreendendo-os como possibilidades. Destaca-se, então, o casal como junção (de pessoas) que habita do modo possível o construir da casa que ela mesma está podendo ser, ou seja, como um poder-ser diferente do que se possa conceber previamente, detentor de caráter autodenominador e autodefinidor.