As discussões sobre a interpretação do conceito de subordinação, decorrentes das inovações geradas pela informatização do processo produtivo, têm se tornado cada vez mais presentes no meio acadêmico, assim como nas decisões judiciais que enfrentam a questão. Diante deste cenário, a obra aborda os desafios ao modelo tradicional do Direito do Trabalho, fundado no conceito clássico de subordinação, tendo em vista o surgimento dos serviços prestados por meio de plataformas digitais. A partir da análise da evolução das classificações tradicionais das relações de trabalho e do levantamento e sistematização de decisões de tribunais brasileiros e estrangeiros envolvendo o tema, foram apresentadas as principais tendências de mudanças interpretativas e adoção de novos critérios para a distinção entre o trabalho autônomo e o subordinado. Além disso, a obra analisa os pontos sensíveis para regulação, como limitação da jornada de trabalho, segurança e discriminação, concluindo que, para enfrentar tais desafios é necessário superar a visão do modelo tradicional, rumo a uma interpretação que leve em conta as novas formas e instrumentos de atuação do poder diretivo do empregador.