O triste fim de todos que cometem algum tipo de crime é o castigo. Valores morais e éticos da sociedade definem o certo e errado, o justo e o injusto, em uma elasticidade moral que há séculos rende debates. No Brasil a corrupção parece ser um dos crimes com maior número de interpretações entre o certo e o errado, o moral e o imoral. Quem compra votos é corrupto, ladrão, bandido. Porém, quem o vende é encarado como vítima, refém de um sistema que o obriga a cometer pequenos delitos em nome de sua sobrevivência. Que moral é essa que definha um lado e protege o outro? A Culpa é do Jeitinho Brasileiro é uma obra provocante que relata, por meio de histórias verídicas, que parte do povo brasileiro, das massas que povoam metrópoles e vilarejos não são vítimas do sistema. Empresários, profissionais liberais, as camadas mais pobres da sociedade, todos colaboram de alguma forma para a existência do sistema que o próprio povo tenta derrubar. O inimigo não está apenas nos corredores do poder, muitas vezes ele está na casa ao lado, em silêncio, se passando por vítima de um sistema 'opressor e corrupto.