Crescemos ouvindo que somos todos iguais, mas, biologicamente e fisicamente, não somos. Assim como não somos melhores nem piores do que ninguém e, por esta razão, as diferenças de gênero não servem de desculpa para segregações. Sexo forte ou fraco não existe e o que temos são pessoas mais ou menos esclarecidas, que compreendem melhor o contexto em que vivem e evoluem, ou se agarram à ignorância dos pré-conceitos. As diferenças biológicas entre homens e mulheres, e o discurso enraizado da sua complementaridade, estruturam a forma como a sociedade, a família e as relações de trabalho são organizadas, o que estabelece um ciclo no qual a divisão sexual do trabalho é claramente prejudicial às mulheres. Apesar dos progressos alcançados, a maioria dos indicadores ainda reflete papéis e expectativas sociais padronizadas em função da tradicional divisão do trabalho em relação ao gênero.