Este livro aborda a problemática do uso de fundamentos consequencialistas para justificar a modulação da eficácia temporal da decisão definitiva de inconstitucionalidade, prolatada no âmbito do controle abstrato pela Suprema Corte brasileira (STF) e pelo Tribunal Constitucional de Portugal. São aferidas as espécies de eficácia temporal da decisão de inconstitucionalidade introduzidas no ordenamento jurídico brasileiro e no português, efetuando-se o devido cotejo. Busca-se investigar se existe adequação jurídica na aplicação de justificativas tidas como consequencialismo para se permitir decisões ativistas, que mantêm normas, já reconhecidas definitivamente como inconstitucionais, em vigor por certo tempo. Cuida-se de uma análise crítica do ativismo judicial sob viés inédito e que interessa a acadêmicos de graduação e pós-graduação e a profissionais que lidam com o direito constitucional e sua interpretação.