"Trapiello propõe sua própria fórmula de narrativa policial, que aparece como uma síntese das duas grandes vertentes do gênero", escreve Cécile François, da Université d’Orléans. "O que diferencia Os amigos do crime perfeito dos subgêneros tradicionais é a sua carga humana. A trama não é concebida como um mero jogo intelectual, mas também não enfatiza os aspectos mais sórdidos e pessimistas da realidade... Andrés Trapiello parece abrir uma nova via dentro do gênero, propondo, ao mesmo tempo, uma síntese e uma superação dos modelos tradicionais, nos quais enxerta um forte componente emocional e sentimental." Como o próprio Trapiello já diz, "é melhor escrever um ótimo romance policial do que um péssimo romance filosófico". E Os amigos do crime perfeito é, certamente, um triunfo literário em todos os sentidos.