Em A hora do teatro épico no Brasil, a autora esclarece, primeiramente, como se deu a passagem de um modelo dramático de teatro para o modelo épico. Em seguida, reflete sobre o conseqüente esquecimento das soluções elaboradas por Brecht para a questão como encenar assuntos que não cabem no drama burguês: as greves, a inflação, a guerra, as lutas sociais? De forma instigante, Iná vai apresentando autores, peças, os críticos e suas posições. Desfilam diante do leitor as artimanhas das montagens de muitas textos representativos do teatro épico: Eles não usam black-tie de Guarnieri, montagem do Teatro de Arena, e O rei da vela de Oswald de Andrade, montagem do Teatro Oficina. E mais: Arena conta Zumbi, Arena conta Tiradentes e Roda-viva. Ao mesmo tempo, levanta questões a respeito de tendências da arte e da cultura, atreladas às tendências políticas; são temas polêmicos fundamentais para a reflexão sobre a atualidade brasileira.