Uma obra de arte não se concretiza em um estalar de dedos. O autor realiza esboços, pesquisas, correções e até por bloqueios pode passar. Um cineasta que adapta um conto para o cinema pode ser um segundo autor? É com essas inquietações e interesse de desvendar este processo de criação que o cineasta e estudioso Tony de Sousa inicia o livro, uma análise intersemiótica sobre o filme A Hora e Vez de Augusto Matraga de Roberto dos Santos, obra esta adaptada do conto de mesmo nome de Guimarães Rosa. Tony identifica na trajetória da pesquisa documentos que tentam comprovar o passo a passo da adaptação e produção do filme, tenta comprovar a existência de uma segunda autoria no filme de Roberto Santos.