O livro Finanças comportamentais: os efeitos certeza e reflexão nos processos decisórios em finanças e governança corporativos apresenta o resultado de uma pesquisa realizada com 100 gestores estratégicos que atuavam diretamente nas decisões de investimento, financiamento e governança corporativa nos anos de 2017 e 2018, em empresas brasileiras e internacionais, de pequeno, médio e grande porte (definido pelo ROB-BNDES). Em decisões financeiras e de investimento, os comportamentos dos gestores estão sob influência de mecanismos neurológicos e psicológicos e podem ser interpretados como irracionais ou inconscientes. Nesse sentido, a obra traz panoramas diversificados e reflexões com fundamentação na Teoria de Finanças, com ênfase na Teoria da Utilidade Esperada, e em Finanças Comportamentais, com o foco na Teoria do Prospecto. Os Efeitos Certeza e Reflexão, resultantes da utilização das heurísticas (atalhos simplificadores) da Representatividade e da Disponibilidade, foram identificados nas entrevistas e nos questionários respondidos pelos participantes após as análises quantitativa (testes e métodos estatísticos) e qualitativa (Técnica de Giorgi). A presença desses efeitos reforça contrapontos importantes à racionalidade do mercado defendida por autores de finanças tradicionais, normalmente com regras e padrões de comportamentos muito bem definidos e mapeados. Uma inovação deste trabalho foi a conexão estabelecida entre Finanças Tradicionais e Finanças Comportamentais, Psicologia, Neurociências e Filosofia, para a compreensão dos comportamentos humanos interpretados e tidos como não racionais ou inconscientes, em contextos de financiamento, investimento, risco e retorno em cenários de perdas e ganhos financeiros. Fundamentada nos pressupostos das Neurociências e nas neuroimagens, além do suporte teórico fornecido pela Filosofia a acrasia, foi elaborado pelos autores da pesquisa, o conceito de Neuroacrasia, mostrando relações existentes entre cérebro e mente [...]