Fraude nas eleições para governador do Rio de Janeiro em 1982. A Globo decide que elegerá Moreira Franco (PDS) "de qualquer jeito". Na madrugada, Leonel Brizola (PDT) recebe ligação revelando que vão roubar dele o resultado. Bicheiros cariocas convidam fiscais de juntas apuradoras a fazer vista grossa. O escândalo Proconsult cresce. Esse é o enredo de Plim Plim, a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral, do jornalista Paulo Henrique Amorim, em parceria com Maria Helena Passos. Na obra, 'Plim Plim', Amorim e Passos afirmam que é mal contada a explicação da Globo nas investigações da fraude. Após muita apuração nos bastidores do escândalo Proconsult, o também apresentador argumenta que a emissora manipulou os resultados da eleição. Uma das fontes citadas pelos jornalistas no livro revela, inclusive, que houve pessoas que não apenas "distorcia o andamento da apuração, mas mentia." Enquanto o jornal O Globo dava Moreira Franco na frente, no Jornal do Brasil, onde Paulo Henrique trabalhava na época, Brizola era quem vencia. Ao mesmo tempo que enumera estatísticas fraudulentas, 'Plim-Plim' traça um plano de fundo que descreve dia a dia as manchetes, os diálogos e os bastidores da apuração. Isso confere ao livro um ar de suspense policial, porque sua narrativa também investiga civis escoltados pela Polícia saindo, na madrugada, de prédio de zona eleitoral carregando sacolas; cédulas rasuradas encontradas nas ruas da periferia carioca; canetas de eleitores fazendo sua tinta apagar horas depois; e um caminhão tombando na av. Brasil, espalhando laranjas e...urnas eleitorais.