Esta conferência surge como mais uma etapa de reflexão num processo dinâmico e multidisciplinar que a Fundação Calouste Gulbenkian tem vindo a desenvolver desde há seis anos na área das migrações e da interculturalidade. (...) Não se trata, pois, de especular sobre a falência de modelos de inclusão ou sobre conceitos de alteridade e de etnocentrismo, de direitos de minorias ou do direito à diferença. A questão é bem mais precisa: sabendo que a interculturalidade é, por ora, a estratégia adequada ao reconhecimento de que não é possível excluir o Outro, de que é inevitável viver com o Outro, como o fazer? E como o fazer a partir de um modo de comunicar eficaz, claro e que resulte da "negociação cultural" com o Outro?!