É errando que se aprende. Quantas vezes já não ouvimos essa afirmação? Todo mundo repete. Todo mundo concorda. Apesar disso, somos punidos por causa de grande parte de nossos erros, o que faz com que muita gente se esforce para negá-los ou encobri-los. Alina Tugend, colunista do New York Times, analisou esta contradição à fundo e pesquisou a forma como os erros são tratados em diferentes contextos, como empresas; hospitais; salas de aula; na política; dentro da família; em diferentes culturas. Os japoneses, por exemplo, falam sobre seus êxitos como forma de estimular os colegas que fracassaram, o que para um ocidental pode parecer inadequado. Em hospitais cada erro pode custar uma vida, por isso, nos Estados Unidos, um check-list na sala de cirurgia reduziu drasticamente casos de infecções e complicações. Diante de um lote envenenado de Tylenol, a Johnson & Johnson logo admitiu o problema, garantindo a integridade da marca e provando que um pedido de desculpas na hora certa transmite a ideia de poder, e não de fraqueza. A autora conta casos, cita pesquisas de ponta, exemplifica as questões com sua experiência, realiza entrevistas com especialistas. E defende que, se acolhermos os erros, em vez de rechaçá-los ou negá-los, podemos nos tornar pessoas melhores, mais saudáveis, mais felizes e mais espertas. Sem medo de errar é um convite a um mundo onde nossas falhas são transformadas em oportunidades.