O foco deste livro é o estudo das linguagens que constroem a visibilidade da ponte, caracterizando-a com um modo de presença polissêmico que promove processos comunicacionais e sociopolíticos que (re) significam São Paulo e seus habitantes agregando e reafirmando sentidos à metrópole paulista. O livro inicia com uma análise estética, simbólica e comunicacional da Ponte Estaiada. Em seguida, retoma o desenvolvimento histórico da região urbana onde foi construída, abordando o processo de sua construção que culmina com a inauguração da ponte. Da teia amarela formada por seu mastro de 138 metros de altura e seus 144 estais, advêm uma tessitura de discursos sincréticos construídos por meio de diferentes linguagens - urbanística, arquitetônica, estética, midiática, social, que ultrapassando a função básica de circulação viária, produzem outros efeitos que tornam a Ponte Estaiada singular. A autora segue apresentando relatos de diversos meios de comunicação e, a partir deles, empreende o exame de uma multiplicidade de ações midiáticas em que a ponte aparece e de uma série de eventos ocorridos em suas pistas, mostrando que a Ponte Estaiada mudou a visualidade da região produzindo uma rede de efeitos de sentido diferenciados para as práticas da cidade. Essa rede, significativa, se impõe na visão aérea dessa parte da cidade e, diariamente, invade milhares de residências paulistanas por meio da principal rede televisiva do Brasil. São parte dos novos sentidos da Ponte Estaiada e dos diferentes modos de estar da população sobre suas vias. O leitor comprovará que são muitas histórias para contar.