Publicado em 1869, o livro é considerado o primeiro romance de fantasia da literatura brasileira. A obra foge do romance, dando implicação maior a uma fábula com lição de moral. De forma crítica e bem-humorada, ele faz um retrato do Brasil no final do segundo império, mais precisamente da cidade do Rio de Janeiro. A trama é contada por Simplício, que sofre de miopia física e também de miopia moral, o que faz com que o considerem um bobo e inocente. Ele conhece um gravador de vidros chamado Reis, que lhe apresenta ao mágico Armênio, único que poderia lhe fazer uma lente para voltar a enxergar. A questão é que a luneta que o mágico lhe dá faz com que Simplício enxergue o mal das pessoas se olhar por mais de três minutos.