A história de uma mulher que na velhice passa a limpo a vida e se descobre buscando eternamente o amor. Em “Kate Vaiden”, Reynolds Price desenvolve personagens tão bem delineados que chegam a ser palpáveis, perfis com que o leitor se identifica instantaneamente. E incorpora o universo feminino de uma forma aparentemente impossível para um homem. Um pouco como Flaubert, que dizia “Madame Bovary c’est moi”, Reynolds Price empresta à sua Kate Vaiden uma energia vital que é muito sua. Acometido em 1984 por um câncer que lhe tirou a mobilidade das pernas, Price encontrou na doença uma fonte de renovação de sua inspiração. “Kate Vaiden” é bem uma prova disso.