Como as pessoas trans vivenciam a prisão? É esta a questão central à qual o trabalho de Natália pretende e consegue dar algumas respostas. Para além do seu caráter direto, e de sua inegável importância, esta pergunta tem o condão de mergulhar os leitores ao centro das práticas de uma instituição que, por si só, materializa da forma mais incisiva os processos de exclusão, de que nossa sociedade é capaz. Assim, a autora nos convida generosamente a observar um universo que poucos tem o privilégio de conhecer, nos oferecendo sua escuta refinada e rigorosa, acadêmica e politicamente comprometida.