Este livro nasce de um sonho. O sonho é caminhar sobre um grande mapa, ao longo de uma sinuosa linha vermelha. E esta linha não é outra senão a fronteira russa, uma fronteira muito extensa, aliás, a mais extensa do mundo. O despertar foi uma tomada de consciência: justamente esse sonho estranho - Erika Fatland percebe-o instantaneamente - será seu próximo livro, «uma viagem ao longo da fronteira russa, da Coreia do Norte até o norte da Noruega». É assim que a escritora e antropóloga definida pelo jornal Dagbladet como «a versão norueguesa de Marco Polo» empreende, depois de Sovietistão, sua nova jornada: uma jornada realmente cheia de aventuras, a bordo dos mais variados veículos - de cavalos a aviões turboélice, de renas a caiaques - que os turistas comuns fariam bem se recusassem; uma viagem semelhante àquelas que se faziam no passado, e em que «quando você estava longe, estava longe, ponto. [...]