Parece, mas não é. O título filhos do afeto parece nome de romance romântico. Mas se trata mesmo de mais um dos meus escritos, do jeito que gosto de escrever. Um livro jurídico, sem juridiquês. Nunca entendi porque, para serem levadas a sério, as pessoas têm que falar e escrever de uma forma que dificulta o entendimento. Será para dar a impressão ao interlocutor de que são mais cultas e mais sábias? O resultado é que se torna necessário um grande esforço para compreender o que o outro quis dizer. Assim, lá vão do meu jeito e com o meu afeto minhas reflexões sobre os vínculos entre pais e filhos. Sejam eles naturais, biológicos, afetivos, adotivos, plurais, ou de outra origem, segundo a expressão legal. Também me debruço sobre o calvário do procedimento da adoção e faço um desabafo sobre os filhos do desafeto. O fato é que as mudanças sociais, culturais e até científicas foram tantas, e tão significativas, que muitas vezes surpreendem. O legislador, como sempre, (...)