Em relato impressionante, Fernando Morais conta a história do aviador militar que, contrariando as expectativas alheias, defendeu até o fim seu ideal de transformar o Brasil em potência aeronáutica e fundou o ITA. Casimiro Montenegro Filho, menino tímido, magro e de olhos azuis, não estava entre os melhores alunos da classe, mas tinha sonhos ambiciosos: queria ser piloto. Aos dezenove anos o rapaz cearense partiu para o Rio de Janeiro e se inscreveu na Escola Militar de Realengo. Ali começaria uma trajetória que passaria por momentos cruciais da história política do país e seria de grande contribuição para a consolidação da aviação brasileira. Em junho de 1931, Montenegro embarcou no Curtiss Fledgling vermelho e amarelo para realizar o primeiro voo de um projeto que era caro ao aviador militar: a criação de um serviço postal aéreo que pudesse alcançar os rincões do país, promovendo o desenvolvimento tecnológico e a unidade nacional.