Líder carismático, prefeito revolucionário e deputado estadual influente. O visionário Miguel é retratado sob vários aspectos pela autora, filha, expectadora privilegiada da trajetória do pai e detentora das memórias do homem que encantava pelo magnetismo pessoal e habilidade incomum para dialogar com os menos favorecidos. Aliás, por esta última qualidade foi perseguido e chamado de comunista por seus adversários... Relata-se aqui: O DEOPS/SP, órgão da Polícia Civil, tinha função de investigar atos considerados subversivos, conforme aponta a historiografia, e atuava de forma integrada com todo o sistema policial e militar vigente no Estado de São Paulo, em articulação no país. Seus métodos de investigação eram a infiltração nos espaços de sociabilidade pública e na vida privada de pessoas consideradas suspeitas, vigiando-as e controlando seus passos, organizando dossiês, que funcionavam como peças comprobatórias da periculosidade imputada aos cidadãos. [...]