Nem trabalha nem estuda? joga luzes sobre os caminhos das jovens que estão fora da educação formal e do mercado de trabalho. O livro faz isso a partir das percepções compartilhadas com mulheres de 18 a 29 anos das cidades de Ceilândia, Estrutural e Planaltina, na periferia do Distrito Federal. Elas ajudaram a pesquisadora a desvendar o que está por trás do fato de representarem a maior parte do grupo chamado jovens nem-nem. Interessada no tema que tem mobilizado cientistas sociais de todo o mundo, Ismália Afonso optou por ir além da frieza dos números. Foi ouvir o que as próprias jovens tinham (e têm) a falar de sua realidade. Nesse sentido, a publicação arrisca-se a duas ousadias. A primeira é aproximar os temas de gênero, raça e juventude. A segunda está em reconhecer as vozes das mulheres jovens periféricas como recurso mais potente para compreensão desse fenômeno. [...]