Marcelo Nietzsche aposta em dizer 'mais com menos', numa concisão de haicai, sem muitas palavras, acertando em cheio o sentido, economizando vocábulos, mas ampliando o significado de forma minimalista, com poucos movimentos e muito efeito. Os Cadernos do Beco contêm a sutileza do efêmero na permanência ocular, no claro-escuro proposto pela dicção dos poemas, religando as improbabilidades, e criando possibilidades em seus extremos. É um primeiro livro de longo alcance. Prefácio de Pedro Lage. (93)