Quando ainda era presidente do Conselho Científico da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, senti que fazia muita falta, não apenas para as aulas de Direito Internacional Público, mas também para a História do Direito Português e para a nossa cultura jurídica contemporânea, não haver uma publicação integral do acórdão do Tribunal Internacional de Justiça, de 12 de Abril de 1960, sobre o caso de Goa. Dirigi-me então ao Sr. Professor Doutor Inocêncio Galvão Telles - mestre ilustre de quem tive a honra de ser aluno, e que foi o Advogado principal de Portugal nesse processo , a quem pedi cópia do referido acórdão. Mas o Professor Galvão Telles, com a sua simpatia habitual e, sobretudo, com o seu elevado espírito de serviço público, logo se prontificou a, para além da cedência de uma cópia da sentença, redigir um comentário pessoal ao acórdão da mais alta instância jurídica internacional existente, proferido sobre um caso de tanta importância e significado para [...]