Os trabalhos científicos criminais apresentam o problema da criminalidade sob um panorama masculino, com resultados aplicáveis para ambos os sexos, não levando em consideração as especificidades do comportamento criminoso feminino. Da mesma forma, a mulher como vítima ou autora de violência no discurso sexista das ciências penais, que impregna nas produções cientificas, apenas revela a maioria das concepções e valores morais que por muito tempo mantiveram as mulheres longe dos espaços públicos. Na realidade, nem o direito penal, nem o sistema punitivo, como expressão desse, tem se mostrado eficaz na regulamentação de condutas que envolvem as mulheres, quer como vítimas, quer como agressoras. Portanto, a presente obra convida a todos os leitores a adentrarem na discussão e reflexão acerca do tratamento dado as mulheres dentro do atual panorama do sistema de justiça criminal brasileira.