Romance de João Almino resgata o personagem conselheiro Aires, de Machado de Assis, e o transporta para o século XXI. Homem de papel, de João Almino, diplomata e um dos escritores mais importantes da literatura nacional, autor dos romances Enigmas da primavera e Entre facas, algodão, publicados pela Record, é o seu livro mais alegórico. Aqui, o autor evoca Machado de Assis, resgatando o personagem-narrador conselheiro Aires e transportando-o para os dias atuais.Se em Esaú e Jacó, de Machado de Assis, o conselheiro Aires está numa trama sobre dois irmãos completamente opostos, que disputam a mesma mulher e defendem regimes políticos contrários (Monarquia e República), neste Homem de papel ele ganha protagonismo metamorfoseado em livro, do qual consegue dar escapadelas para o mundo real, regido pela ignorância e estupidez. O exemplar que o abriga pertence à jovem diplomata Flor, trigêmia de Hugo e Miguel, que, assim como os gêmeos de Machado de Assis, estão em eterna rixa política.