Uma mulher é morta aparentemente sem motivo. Não tinha inimigos, não tinha feito nada para ninguém. O único filho é o principal suspeito. Mas pode um filho matar a mãe? Seria humano? Em Desumano, romance de Olivia Maia, Márcio, o narrador, tenta provar que não, não matou a mãe, não seria capaz. Uma mulher está estirada no chão sobre uma poça de sangue e o filho, ao lado, paralisado; olhando-a como se fosse pela primeira vez. Sua roupa está encharcada com o sangue da mãe e o ferimento na cabeça diz que ele também havia sido atingido pelo assassino. Tem nojo de tudo. Do sangue, do cheiro, da mãe com o pescoço cortado e o maxilar estraçalhado. Não se lembra de nada e por isso mesmo é um dos suspeitos. Mas que motivos eu teria para matar a minha mãe?, justifica-se. Assim começa Desumano, romance de estréia da jovem escritora Olivia Maia.