Um jovem do interior do Rio Grande do Sul, no início da década de 1970, ao se perceber diferente, homossexual, tem uma crise existencial. Tenta o suicídio e convence parte de sua família a transferir-se para a capital do estado, na busca de realizar-se profissionalmente, aproveitar o anonimato para exercer sua individualidade, diminuir sua ansiedade, mas, acima de tudo, fugir do preconceito, muito maior naquela época do que nos dias de hoje. Na cidade grande, conhece e desfruta todos os prazeres que ela pode proporcionar, mas também os riscos e perigos de suas noites e madrugadas. Não se esquece de seus sonhos e se realiza profissionalmente, mas não afetivamente, fato que reforça em sua personalidade a baixa autoestima e, em consequência, um comportamento patológico e autodestrutivo. Transita e convive em todos os ambientes gays (guetos), mas tem sedução pelo baixo mundo e se torna um sobrevivente de todos esses riscos. [...]