Ocupar as ruas, disputar os espaçostempos, dialogar com outros trabalhadores, olhar nos olhos dos estudantes, partilhar medos, angústias e esperanças. Correr, chorar, sentir doer, mas amar, sonhar, tecer laços, dar as mãos... Este livro é um emaranhado de memórias; memórias de luta. Nos anos de 2013 e 2014, os profissionais da educação das redes municipal e estadual de educação do Rio de Janeiro ganharam as ruas e realizaram movimentos grevistas que marcaram suas próprias vidas, a cidade do Rio de Janeiro e o imaginário da população. Em um momento de efervescência política, logo após as chamadas Jornadas de Junho (2013), em meio a uma Copa do Mundo (2014), realizada no Brasil, e com a proximidade das eleições de 2014, estes mesmos profissionais da educação denunciaram os efeitos das políticas neoliberais na educação: as precárias condições de trabalho, a política meritocrática, a necessidade de repensar os processos de aprendizagemensino, os equívocos dos usos das avaliações [...]