Do autor de Diário da queda e um dos principais nomes da literatura brasileira atual. Um romance sobre maneiras de enfrentar traumas, lidar com o passado e refletir sobre memória e perdão em uma sociedade cindida. Davi Rieseman, um advogado e ativista judeu, está num palco diante de uma plateia formada por outros judeus. Num discurso que mistura cinismo e generosidade, ele conta a história de sua relação com o sogro, a mãe, a esposa e a filha à luz de juízos bastante particulares sobre temas do noticiário -- uma eleição no Brasil, a ascensão evangélica, o antissemitismo, o conflito no Oriente Médio. Anos depois, enquanto caminha por um hospital onde fantasia e realidade se misturam, com as palavras do passado surgindo em fragmentos que iluminam a ação presente, Davi é confrontado por um misterioso coro de vozes, num diálogo que o faz reviver um trauma e se deparar com um dilema na definição do próprio futuro. A ironia do romance, com seu choque de visões morais e políticas (...)