O propósito desta obra é expor a relevância que a pesquisa em psicologia social poderá ter na resolução de alguns problemas que afectam a sociedade contemporânea. A maior parte dos dados analisados aqui são baseados em experiências; as ilustrações e os exemplos, contudo, resultam de problemas sociais correntes, incluindo preconceitos, propaganda, guerra, alienação, agressão, perturbações e sublevação política. Esta dualidade reflecte duas das preferências do autor. A primeira refere-se ao facto de que o método experimental é o melhor caminho para se compreender um fenómeno complexo. Uma das verdades indiscutíveis da ciência é que o mundo só se conhece através da sua reconstrução, ou seja, para compreendermos o que provoca o quê, devemos fazer mais do que nos limitarmos a observar; devemos ser responsáveis por formular o primeiro "o quê" para termos a certeza de que foi realmente essa a causa do segundo "o quê". A segunda preferência reside no facto de que, para nos certificarmos da validade das relações causais postas a nu pelas experiências, teremos de tirá-las dos laboratórios e aplicá-las ao mundo real. Implícita em todo este processo está a crença de que a psicologia social é extremamente importante - que os psicólogos sociais podem desempenhar um papel vital na transformação do mundo num lugar melhor.