Mais do que lido, este livro tem que ser ouvido, porque é no corpo que a palavra da Marina ganha sentido. É no fazer real, na vibração das marés que habitam nos seus versos, que provocam para quem ouve uma viagem que vai da ponta dos dedos dos pés até a mente, passando sempre pelo coração. Marina rasga com a verdade crua dos olhos que veem, reconstrói com as mãos que escrevem e pisa com a firmeza de quem se sabe sensível aos seus afetos. Marina estende a mão sempre que necessário e é por isso que a poesia dela se torna tão essencial, para poder questionar um mundo que grita pela desconfortável e tão necessária reinvenção. Irma Estopiñà