A fala se foi, antes da morte restam a memória e os gestos. Para que memória, se os outros já não lembram? Tanto podemos ser prisioneiros de um ser vivo, que a morte abate, como de um defunto, a quem nada importa. Também há os que a própria vida fechou, cercou, emparedou nos limites de um casamento, de uma sala de estar, da loucura ou de si mesmos. E, por fim, há os prisioneiros da própria esperança. Para Osman Lins, esses treze contos são treze narrativas sobre impotência humana.