Sem abandonar a sua forma, em FALO DE FOGO, a autora já impõe seu propósito do título: "Falo da interação do homem-matéria. Do fogo que se revela de cada espécie. Taturanas, pimentas, urtigas, sodas, fogo líquido que sai da terra e energiza a superfície. Do fogo seco da eletricidade. Do fogo que se desprende no eriçar do pêlo de um gato e no domínio (?) do homem sobre a fala e os fogos. Meu tempo (registro) tem sido envolvido numa cortina de fogo. Fogo do holocausto, irradiações, "fogo selvagem" deixado a queimar enquanto se procura os das clonagens. Fotos do fogo na pele de uma criança queimada pela mãe com ferro elétrico. Fogo atiçado nas penitenciárias na impotência de "falhos falos". Linha de fogo, uso de pedras e...Iraque se repete com promessas de mísseis. Fogos que queimam qualquer intenção de "frescos poemas". Da fricção de madeiras até hoje o homem faz fogos que ao astro rei compete... ao que parece, o sol se enfurece e... iremos à cinzas se não antes... fênix." Sua palavra rompeu barreiras que, segundo o professor da Universidade Federal de Buenos Aires, Alberto Elisseche, Helena Armond ocupa um lugar de privilégio na profunda literatura brasileira de nosso tempo