Sessenta anos de idade, 30 de carreira e muito sucesso. Para comemorar tudo isso, Martinho da Vila está relançando, pela Editora Record, KIZOMBAS, ANDANÇAS E FESTANÇAS, sua autobiografia. Não se trata, porém, de uma biografia como as que estamos acostumados a ler. Nem de um livro de memórias. Sem qualquer preocupação com ordem cronológica, Martinho relembra passagens importantes de sua vida, valoriza momentos inesquecíveis de sua escola de samba, a Unidos de Vila Isabel, recorda as viagens à Angola de seus ancestrais e rememora instantes empolgantes de sua carreira. Martinho da Vila vai mais além. Em KIZOMBAS, ANDANÇAS E FESTANÇAS, o cantor e compositor, que assina alguns dos maiores sucessos da música brasileira, faz um verdadeiro manifesto anti-racista, no qual entram textos de lei, letras de música e pequenas biografias de negros revolucionários famosos. Há até um passeio pela ficção, em um diálogo imaginário entre os dois mais talentosos filhos do bairro boêmio da Zona Norte carioca: Martinho e Noel Rosa.