Há quem diga que um filho é uma carta que escrevemos para o futuro, uma construção de sonhos e desejos que carrega nosso DNA e nossa esperança de que o vir a ser seja melhor que os tempos em que vivemos. Fernanda Morishita pôs no mundo sua carta chamada Theo, a quem endereçou um conjunto de textos nos quais imprimiu seu amor, medo, angústias e aprendizados diários, desenhando um mapa afetivo desta relação tão intensa e breve que se constrói no ato de criar um filho e de se criar mãe ou pai. São cartas repletas de uma pureza e simplicidade comoventes, escritas com grande honestidade e coragem. Um dia, Theo as lerá e redescobrirá a mulher que mora em seu baú de afetos, uma pessoa talvez diferente daquela que ele aprendeu a chamar de mãe ao longo da vida. Mas as Cartas para Theo, como toda herança repleta de sentimento e humanidade, fala não apenas de quem escreve e de quem recebe.