O desejo de tornar público um conjunto de textos assinados por analistas de diversas instituições de psicanálise aponta a estreita relação entre arquivo e escrita. Se o ato de armazenar confere ao analista a função de arquivista da palavra do outro, a necessidade de registrar essa palavra torna-se imperativa. No âmbito de uma escrita que, além da teoria e da clínica, se reveste do cotidiano das cidades, o olhar do analista é ainda provocado por grafitos, fotografias, esculturas, romances, filmes, enfim, tudo o que indica a presença do sujeito do inconsciente. Nesse exercício, conserva-se a particularidade autoral e valoriza-se a experiência pessoal, o que torna este livro produto da reflexão de um grupo heterogêneo que marcou encontro numa casa comum.