Como se fosse um espelho invertido de As primas, obra que consagrou Aurora Venturini, este romance mostra outra protagonista extraordinária: María Micaela Stradolini, vulgo Chela, é uma jovem superdotada, porém desprovida de qualquer senso de sociabilidade, que nos apresenta sua família, parte da alta burguesia argentina dos anos 1920. Com um estilo verborrágico que revela tanto excesso de vocabulário quanto carência de autopercepção, Chela oferece um retrato involuntário e constrangedoramente fiel do ambiente que a circunda. Por trás dessa narrativa escandalosa está a mente brilhante de Venturini, cronista mordaz dos costumes de seu país e da natureza humana. A mãe de Chela é uma pianista cujo fracasso na arte desperta o zelo desmedido por uma coleção de bibelôs. O pai é tão rigoroso que a filha chega a urinar quando o encontra. A delicada irmã mais nova, Lulita, é a preferida dos progenitores, mas motivo de escárnio constante por parte da narradora. Como se fosse um espelho invertido de As primas, obra que consagrou Aurora Venturini, este romance mostra outra protagonista extraordinária: María Micaela Stradolini, vulgo Chela, é uma jovem superdotada, porém desprovida de qualquer senso de sociabilidade, que nos apresenta sua família, parte da alta burguesia argentina dos anos 1920. Com um estilo verborrágico que revela tanto excesso de vocabulário quanto carência de autopercepção, Chela oferece um retrato involuntário e constrangedoramente fiel do ambiente que a circunda. Por trás dessa narrativa escandalosa está a mente brilhante de Venturini, cronista mordaz dos costumes de seu país e da natureza humana. A mãe de Chela é uma pianista cujo fracasso na arte desperta o zelo desmedido por uma coleção de bibelôs. O pai é tão rigoroso que a filha chega a urinar quando o encontra. A delicada irmã mais nova, Lulita, é a preferida dos progenitores, mas motivo de escárnio constante por parte da narradora.