Motivado pelo comprometimento de tornar públicas algumas das valiosas memórias do museus da imagem e do som, o livro cria uma instigante visibilidade para as imagens de seu acervo e para as palavras de documentos oficiais, reportagens de jornal e entrevistas, entorno da criação e atuação do MIS. É um gesto generoso por trazer à superfície pensamentos daqueles que sonharam um lugar. E a autora, como alguém que também sonha e realiza ações neste lugar, nos oferece um olhar de dentro, numa pesquisa minunciosa e atenta às questões teóricas e políticas que envolvem as memórias de uma instituição. Numa incursão pelos imaginários de diferentes tempos, Campinas apresenta-se, nestas páginas, como cidades múltiplas - as invisíveis cidades sonhadas - que se esboçam entre os fragmentos de palavras e imagens selecionadas por políticas culturais e museológicas, atravessadas por diversos desejos, sonhos, nostalgias, poderes, conflitos, resistências. O livro não nos direciona a um caminho único, faz-nos perambular por entre-tempos: pelo tempo de uma narrativa escrita e pelo tempo de uma narrativa magnética.