Imagine vários "Tom Hanks", de Forrest Gump (1994, EUA, dir. Robert Zemeckis), emocionando, divertindo e transformando crianças e adolescentes internadas em hospitais do Brasil. As experiências desses contadores de histórias e outras práticas de humanização hospitalar podem ser encontradas no mais recente lançamento da Editora Globo: Viva e Deixe Viver - Histórias de quem conta histórias. O lançamento da Editora Globo vai além de um simples manual de uma ONG. Viva e deixe viver - Histórias de quem conta histórias, da jornalista e voluntária Maria Helena Gouveia, relata didaticamente como é possível realizar um trabalho voluntário de forma organizada e profissional. O livro, que leva o nome da Associação Viva e Deixe Viver, reúne as experiências dos contadores, a metodologia empregada, o organograma da entidade, o treinamento dos voluntários, estudos acadêmicos de humanização hospitalar, histórias novas para contar as crianças, relação de sites ligados ao tema, além da própria história do Viva, que completa seis anos de atividades. "O livro é uma forma de, ao mesmo tempo, difundir o trabalho do Viva e servir de referência para grupos interessados em tornar-se uma ONG", explica o publicitário Valdir Cimino, diretor-fundador do Viva e Deixe Viver. "Nas pesquisas realizadas pelo Datafolha e Ibope no ano do voluntariado (2001), detectou-se que há muitos brasileiros interessados em ajudar mas que não sabem como. Foi a partir daí que surgiu a idéia do livro". Maria Helena Gouveia passou dois anos acompanhando o trabalho dos voluntários, participando de oficinas e palestras de capacitação dos contadores de histórias. "Com o livro, ela tornou-se também uma contadora de história", ressalta Valdir. "As pessoas fazem a sua parte com o que têm de melhor".