O jornalista e editor Aparício Torelly conviveu com políticos, escritores e artistas como Prestes, Graciliano Ramos e Di Cavalcanti. Por meio de seu alterego Barão de Itararé, debochou da política e dos costumes, desde a década de 1920 até os portais da modernidade juscelinista, nas páginas de seu semanário de humor, A Manha, e nos seus Almanhaques, como este, o primeiro de uma série de três, agora relançado em edição fac-similar. Luis Fernando Veríssimo comenta: "O Brasil já foi mais engraçado. Não que fosse mais fácil fazer graça nos tempos do Barão de Itararé. Pelo contrário: era mais arriscado. Podia até dar cadeia, como ele literalmente cansou de saber. Mas mesmo arriscando-se a ter que pagar caro pela piada - ou, pior, ter que explicá-la - o Barão também sabia que ela ia ser repetida por todo o país e provocar boas gargalhadas".