Em 1985, o escritor americano William Styron começou a viver um processo dos mais terríveis e que aflige milhões de pessoas no mundo: a depressão. Angustiante e desesperadora, a depressão, muitos acreditam, é um caminho sem volta em direção às trevas. O relato de Styron em “Perto das trevas”, no entanto, feito com realismo de quem foi ao fundo do poço sem saber que teria direito a retorno, consegue ser assustador, sim, mas também uma porta de saída e o melhor alerta que se poderia ter. Profundamente consciente durante toda a “descida”, Styron confessa detalhes amargos, analisa, compara, faz um estudo sensível dos companheiros famosos de viagem que não voltaram, como Vincent Van Gogh, Virginia Woolf, Sylvia Plath, entre outros.