Em 1977, sob a direção de Fernando Peixoto , Mortos sem Sepultura (1946, J.-P. Sartre) foi encenada no Brasil, com grande força dramática e vigor cênico. A fim de atingir tal intento, foi preciso dar ao texto teatral novas nuanças, nas quais a relação passado/presente, alegoricamente, releu a ação dos militantes da Resistência Francesa à luz dos que enfrentaram o arbítrio do Estado Autoritário Brasileiro (1964-1985). Dada a importância e o significado dessa empreitada artísticas , este livro apresenta um estudo aprofundado sobre o espetáculo, analisando forma e conteúdo da peça/cena, relendo a construção sartriana, indagada e reapropriada pelo projeto de montagem.