A função-educador é convidada a pensar de outra maneira a sua própria função: as formas e os modos pelos quais o educador se coloca como sujeito diante de outros sujeitos: afetando e sendo afetado, subjetivando e sendo subjetivado, formando e sendo formado. Constituir-se como sujeito de ação na função-educador também implica o exercício de destruição de todo homopedagogismo, pois tudo o que é possível de ser feito está diante de nós mesmos. É urgente, entretanto, contrapor-se à estabilidade de toda destinação das verdades presentes na formação humana. É possível, em alguma medida, uma educação heterotópica? É possível uma educação voltada para a constituição de sujeitos ativos, emancipados, críticos? São possíveis práticas pedagógicas desviantes, a fim de produzir experiências de liberdade no cotidiano escolar? É possível que a formação humana conte mais com a subjetividade de cada um do que com os vínculos de saberes-poderes de conduções sujeitantes?