Bem-vindos à mente de Lucas, um cara comum, medíocre. Não é bonito nem feio. Não é genial nem ignorante. Às vezes é preguiçoso, às vezes é cabeça dura, às vezes é engraçado, às vezes é melancólico. Tem alguns amigos, um emprego, toma cerveja, assiste Netflix, baixa filme ilegalmente O Lucas sou eu, o Lucas é você e o Lucas acabou de cometer um assassinato.Em ‘Carcaça, ou o primeiro cadáver que eu vi na vida’, seguimos os passos desse personagem torto em busca pelo sentido dos seus próprios atos. Com a ajuda de seu chefe, um diretor de cinema egocêntrico e desequilibrado, Lucas inicia uma trajetória ensandecida para dar um fim definitivo ao cadáver que tem em suas mãos.Mas essa é mais que uma história sobre um assassino do acaso aceitando sua realidade monstruosa. Essa é uma história sobre impressões, sobre a imagem que queremos transparecer aos outros, sobre nossas percepções e julgamentos. Quanto mais Lucas tenta apagar seu crime, mais ele revela sobre si mesmo, sobre suas relações pessoais e sobre quem ele realmente é atrás de todas as suas máscaras. Sua real tormenta é o autoconhecimento.