Liberdade! É o que me vem à cabeça imediatamente quando penso nos contos da Cristiane. Seus contos, quase sempre autobiográficos (ou não?) apresentam narrativas em que a liberdade é o vetor. Seja batendo na porta de um puteiro, seja procurando um espião na internet, ela sempre faz a opção pelo pouco convencional. Todas as experiências são válidas nessas aventuras. A escrita também flui, quase como um depoimento. Uma narração. A autora não busca impressionar com floreios formais. Busca na autenticidade das histórias, por ela vividas, levar o leitor a sair de seu lugar de conforto. Sexo, amor, perversão, frustração, carinho, emoções transbordam a cada páginao muitas das histórias se passam nos anos 80 e 90 servem também como uma viagem no tempo, ao calor das emoções destes anos tão marcantes. Foi divertido ler e lembrar da bebida do momento, a Keep Cooler, que tornava quem a bebia charmoso. Os personagens são diversos. Alguns parecem criados na imaginação fumegante da autora, outros, tão reais que parecem desfilar defronte de nossos olhos. Ela não tem medo de se desnudar, de se revelar. E assim permitir que entremos nestes muitos universos visitados em suas histórias.Li com prazer e admiração. E agora aguardo pelo próximo!.André Sturm